A banda é composta, além de Gabriel e Bruno, por Tobias Mendes (guitarra solo/vocal de apoio), Felipe Cohen (guitarra base) e Rodrigo Santos (baixo).
Rodrigo Santos, Tobias Mendes, Gabriel Freire, Felipe Cohen e Bruno Sullivan. |
P: De onde veio o nome Lanchester?
Bruno: O guitarrista, com a idéia de falar sobre a realidade
da vida, usou um nome de uma arma usada na Primeira Guerra Mundial. Nós achamos
que era uma boa idéia por caracterizar bem a banda. Na verdade, primeiro
pensamos em “Unidade Cinco”, mas outra banda já usava o mesmo nome. Nós nos
espelhamos bastante em bandas de Thrash
Metal, como, por exemplo, Exodus, Kreator,
Metallica, Megadeth, entre outras. Temos o objetivo de passar uma boa
aparência ao público.
P: Como vocês se juntaram para formar a banda?
Bruno: Começou na escola... Eu e o atual guitarrista [Tobias]
pensamos em montar uma banda. Nos indicaram um vocalista, fui convidado por um
amigo para um evento onde conheci o Gabriel, onde logo conversamos sobre a
proposta de banda e depois o convidamos para a banda. Foi assim que formamos a
banda.
P: Vocês possuem músicas autorais?
Gabriel: Por enquanto temos apenas uma música autoral, cujo
nome é “Luta”. Quando entrei na banda, essa música já estava sendo preparada,
mas ainda não estava completa. A gente até já mudou várias vezes essa música,
até que se encaixasse no nosso estilo. Nós temos vontade de fazer mais músicas
autorais, o Bruno (que é o compositor da banda) já tem várias letras, as quais
pretendemos usar para nossas futuras músicas.
P: Qual a opinião de vocês a respeito da cena musical
independente em Belém?
Gabriel: Acho que as bandas que estão tentando ganhar seu
espaço aqui no cenário local underground, até mesmo em um cenário mais popular,
deveriam ter um maior incentivo, um
maior apoio. O que vocês fazem no projeto [Planeta do Som] já é um
exemplo de apoio às bandas, vocês estão ajudando da melhor forma que podem com
os shows e as entrevistas, isso dá um incentivo muito legal para fazer com que
as bandas continuem com seus trabalhos, pois muitas chegam ao fim devido à
falta de oportunidade, à desvalorização; Aqui em Belém, o rock é muito desvalorizado, pois o pessoal pensa que fazemos tudo
de graça; não dá para tocar de graça para sempre, pois queremos viver disso. Nós
fazemos isso porque estamos procurando nosso espaço, mas é claro que gente vai
querer alguma coisa em troca. Músico é uma profissão como qualquer outra, como médico, advogado... E ainda tem o
público que, na maioria dos casos, desvaloriza as bandas locais e valoriza
bandas internacionais que nunca botaram os pés aqui, perdendo muita coisa boa
aqui na região.
Gabriel: No meu caso, isso foi desenvolvido na minha
pré-adolescência, quando tive uma melhor oportunidade de conhecer mais
profundamente diversos tipos de bandas e seus estilos e criar uma identidade à
respeito de qual estilo eu me encaixaria melhor, que é o Metalcore, um estilo que eu admiro pra caramba, e que é o estilo
que a gente trabalha na Lanchester.
Bruno: Quando eu era menor, sempre me espelhei em artistas
internacionais. Logo depois adquiri uma base de conhecimento e decidi que
formar uma banda e ser reconhecido era o que eu queria para
a minha vida.
a minha vida.
P: Como vocês escolheram seus instrumentos?
Bruno: Meu tio, que era baterista de uma banda, me ensinou a
tocar bateria quando eu ainda era pequeno. Ganhei minha primeira bateria aos 6
anos de idade, fui treinando, e aos 10 anos já tocava em uma banda.
Gabriel: Bom, não tive essa facilidade do Bruno em ter um
familiar músico, porém meu pai gostava de Scorpions
e eu curti o som, tanto que eu só passei a me interessar por música depois
disso. Achei uma coisa diferente, mesmo eu sendo moleque, consegui perceber
algum sentido naquilo. Mas quando cheguei à pré-adolescência, passei a querer
ser vocalista, pois era uma coisa mais acessível, principalmente porque não
tinha instrumento. Com o tempo fui aprendendo as técnicas sozinho, pode-se
dizer que fui do jeito “errado”, eu apenas passei a tentar fazer e imitar. Isso
durou cerca de dois anos, fui treinando e aperfeiçoando, até que percebi que já
estava pronto para entrar em uma banda. Mas só porque a gente entrou numa banda
não quer dizer que seja uma zona de conforto; a gente sempre quer saber mais,
estudar mais.
P: Qual as características das letras de vocês?
Gabriel: Cada integrante vê a vida de forma diferente. Eu,
por exemplo, na hora de compor uma música, eu gosto de puxar para o lado
romântico, sobre amor e até sofrimento. Já ele [Bruno] fala sobre temas mais
atuais. Mesmo compondo de forma diferente da dele, eu gosto muito desse tipo de
letra que fala sobre a realidade, acho que é uma forma legal de transmitir
pensamentos, opiniões sobre determinado assunto.
Bruno: Eu falo mais sobre problemas sociais, sistema político,
instituição, fatos históricos. Eu também gosto de falar bastante o confronto
entre a religião e a ciência. Eu gosto de explorar os assuntos atuais que são
de grande repercussão. Por exemplo, tem uma banda que eu sou muito fã, o
Project46 (que até estão fazendo shows lá fora), que fala muito sobre os
problemas que o nosso país enfrenta hoje em dia.
Gabriel: Estávamos conversando em algumas reuniões, sobre a
possibilidade de abordarmos fatos históricos que chocaram o mundo ou até mesmo
informar muitos que não estão cientes de alguns fatos meio macabros, como, por
exemplo, o Projeto Filadélfia.
P: Qual o recado que vocês dão àquelas bandas que ainda
estão começando?
Gabriel: Nós ainda nos consideramos novos, pois a banda foi
concretizada apenas em maio. O que posso dizer é: corram atrás dos seus sonhos,
acreditem, não desistam, pois não é fácil. Sempre haverão barreiras que irão
tentar impedir a gente de continuar e atingir o topo. Todos esses problemas não
serão nada quando vocês se superarem e passarem por eles.
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Entrevistadores: Tamires Nobr
Transcrição: Samuel Ferreira
Edição: Tamires Nobre e Samuel Ferreira